António Variações, nome artistico do barbeiro que fez sensação no mundo da musica. Morreu a 13 de Junho de 1984, se hoje fosse vivo teria 67 anos.
Ficou para a história como uma das primeiras figuras públicas portuguesas doente com SIDA, numa altura em que era grande o desconhecimento em torno desta doença. No entanto, não está publicamente provado que António Variações tivesse contraído o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). A família garante que “mesmo os médicos que o acompanharam nunca tiveram provas médicas” que atestem que António Variações tinha VIH. Em declarações à Renascença o irmão de Variações, Jaime Ribeiro, esclarece que “o que está escrito na certidão de óbito é que António Variações morreu com uma broncopneumonia aguda”.
Parece ser consensual que a broncopneumonia aguda terá surgido porque Variações estava com o seu sistema imunitário muito debilitado, mas a origem do enfraquecimento das suas defesas é que é polémica: SIDA ou não. O irmão de Variações explica que “ele tomava doses muito elevadas de cortisona”, para tentar mitigar as fortes dores de garganta de que sofria. Ora, explica Jaime Ribeiro, “sabe-se que a cortisona debilita o sistema imunitário”, o que poderia então explicar a broncopneumonia aguda.
Um homem fora do seu tempo
Vítima de SIDA ou não, algo é certo: António Variações não teve tempo para deixar um legado musical maior, mas o que deixou ainda hoje se faz ouvir.
Assinou contrato com a editora Valentim de Carvalho em 1978, mas ainda haviam de passar quatro anos até sair o seu primeiro dsco, neste caso um single com uma versão do fado “Povo que Lavas no Rio” e com o êxito “Estou Além”. Depois, em 1983, lança o seu primeiro álbum: Anjo da Guarda, com dez faixas, de onde se destacam “É p´ra Amanhã” e “O Corpo é que Paga”. Dias antes de morrer, em 1984, saiu o seu segundo álbum, “Dar & Receber”, onde se destaca a “Canção do Engate”, que viria a ser um dos seus maiores sucessos.
Música à parte, António Variações era barbeiro. Fosse qual fosse a sua rpofisão seria sempre espectacular. Uma ideia lançada pelo próprio que, em entrevista ao Correio da Manhã, afirmou: “Sempre me senti parte do espectáculo. Sempre tentei fazer de um corte de cabelo um espectáculo. E eu serei um espectáculo mesmo a varrer as ruas da cidade".
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